Employee Experience: indo além da jornada do colaborador

Employee Experience

Estamos vivendo a era da experiência, não é recente, começou há algum tempo quando percebeu-se que a forma de ganhar a atenção e até fidelização dos clientes estava na capacidade da empresa de gerar experiências, não mais apenas vender um produto ou prestar um serviço. Mas, o que custou a ser percebido, é que a Employee Experience está intimamente ligada à Client Experience, ou seja, para que possamos criar experiências memoráveis para nossos clientes é fundamental que nossos colaboradores também possuam um experiência incrível.

Mas, como fazer isso? Quais as implicações? Ao falar de Employee Experience, fala-se muito em criar experiências únicas para as pessoas. Empresas, com maior disponibilidade financeira, investem em ambientes especiais, que incentivem a criatividade e a colaboração. Games são criados com a intenção de conectarem as pessoas à organização e a sua cultura. Eventos para promoção da socialização das pessoas são promovidos. Enfim, uma verdadeira panacéia de iniciativas com o objetivo  de “encantar” o colaborador.

Todas estas iniciativas estão vinculadas aos ambientes da Employee Experience que defende Jacob Morgan, o ambiente físico, o ambiente tecnológico e o ambiente cultural. Convém ressaltar que na maior parte dos casos as iniciativas se concentram no físico e no tecnológico, ainda que pesquisas comprovem que percentualmente a importância destes dois é menos que a do ambiente cultural.

A grande questão é, isso tudo garante uma extraordinária experiência do colaborador? Ou, pelo menos o engajamento das pessoas? Os níveis de satisfação sim, estes podem ser incrementados com estas ações. Entretanto, a experiência do colaborador e seu engajamento dependem, fortemente, que promessas sejam cumpridas!

Ou seja, de nada adianta o investimento nas ações acima citadas, se um tratamento respeitoso não é adotado por parte do líder, se as combinações do dia-a-dia não são cumpridas, se as combinações de férias, folgas, mudanças de área, enfim, as questões acordadas entre líder e liderado não são cumpridas. Da mesma maneira, de nada adianta a empresa adotar um discurso e uma prática diferente.

Neste sentido, vemos uma grande preocupação das áreas de marketing, endomarketing e comunicação interna em se envolver no processo. Indiscutivelmente estas áreas possuem a sua importância na employee experience, mas não fazem nada sozinhas. Elas comunicam o que é praticado. E se, o que for comunicado não for praticado, o efeito será inverso!

Acompanhar o colaborador no percurso de sua trajetória na empresa e criar buscar que em todos os momentos importantes ele se sinta valorizado é parte da construção de uma excelente employee experience. Mas, precisamos pensar que são as situações cotidianas, em especial, na relação colaborador/gestor, colaborador/colegas, colaborador/gestão de pessoas, que marcam fortemente e definem quão boa pode ser esta experiência do colaborador.

Desta forma, pode-se concluir que talvez não seja necessário um grande volume de investimento em ambiente, eventos e etc. Mas, sim, garantia de coerência de discurso e comportamento contribui sobremaneira para a construção de uma experiência positiva do colaborador.

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