Saiba qual o objetivo e como o candidato deve proceder a perguntas incomuns durante entrevistas de emprego.

“Por qual motivo devo te contratar? Diga-me três defeitos e três qualidades suas? Qual sua expectativa de carreira em cinco anos?”. Essas perguntas já estão entre as dez mais utilizadas em processos seletivos nas empresas do Brasil. Elas fazem parte do formulário básico de questões que avaliam as suas habilidades e metas a serem realizadas. Normalmente não causam estranheza e são respondidas com naturalidade. Mas não é só esse tipo de pergunta que se escuta em uma entrevista de emprego.

 

Recentemente a Love Mondays, uma plataforma para a avaliação de empresas, levantou mais de 7 mil perguntas de entrevistas de emprego publicadas no portal e descobriu que às vezes os candidatos podem ser surpreendidos com questões fora do comum. Uma delas é: “Quantas bolinhas de golfe estão em pleno voo nesse exato momento no mundo?”. A explicação para perguntas desse estilo é de que elas colocam em evidência o seu raciocínio lógico e capacidade de pensar e se expressar. A vice-presidente de Educação Corporativa da ABRH-RS, Laira Seus, ressalta a finalidade dessas questões incomuns para a avaliação. “O entrevistador está usando técnicas que possibilitam tirar o entrevistado da zona de conforto para identificar sua capacidade de adaptação, criatividade, controle emocional, conhecimentos gerais e outras competências que podem ser seu foco de busca para a posição”, explica.

 

Foram selecionadas as 16 questões mais curiosas entre mais de 7mil feitas em mais de 4 mil entrevistas para 1.100 empresas. São elas:

 

  • Quantas janelas há no bairro de Pinheiros, em São Paulo?
  • O que motivou o suicídio de Getúlio Vargas?
  • Quantas pessoas estarão assistindo Netflix na noite do dia dos namorados na Grande São Paulo?
  • Conte um sonho bem estranho que você já teve.
  • Conte uma mania esquisita que você tenha.
  • Quantas bolinhas de golfe estão em pleno voo nesse exato momento no mundo?
  • Conte uma coisa que você jamais diria em uma entrevista.
  • Em qual música você daria o play neste momento?
  • Você consegue lidar bem com a morte?
  • Com quantos paus se faz uma canoa?
  • Como você tiraria uma agulha do palheiro?
  • Como você venderia um relógio sem bateria?
  • O que essa caneta pode fazer pela sua carreira?
  • Qual é o seu signo?
  • Se você fosse um remédio, qual seria?
  • Qual o seu time de futebol?

 

Para não ser pego desprevenido e se sair bem nas respostas, Laira explica a importância de se manter bem informado e agir com naturalidade. “Procurar não se assustar é fundamental. Como somos metralhados diariamente com montanhas de informações, é muito difícil que o assunto abordado seja uma novidade completa. Então respire fundo e procure responder calmamente. Se não souber nada sobre o assunto, é melhor dizer a verdade do que inventar. Existem 3 palavras milagrosas: ‘Eu não sei’”, ressalta.

 

Há também atitudes que vão te prejudicar na hora da resposta. Responder de maneira que cause estranheza, deixe a impressão de não ser uma verdade, ou agir de forma preconceituosa estão entre elas. “Por mais informal que possa parecer a conversa, não devemos esquecer que é uma entrevista de emprego e isso pode ser uma técnica que o entrevistador está utilizando”, conclui Laira.

Patrocinadores de Gestão

Apoiadores institucionais