Homenagens marcam o último dia de CONGREGARH 2022

A tarde do último dia de CONGREGARH contou com homenagens para comemorar os 50 anos da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS). A vice-presidente da entidade, Isabel Degrazia, apresentou o selo especial de aniversário, desenvolvido por meio de um concurso cultural com estudantes universitários do estado e no qual a vencedora foi a aluna de Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Luiza Dorfman. Outros dois reconhecimentos foram entregues ao sócio-fundador e primeiro presidente da ABRH-RS, Luciano Dias, e ao presidente da Liess Máquinas e Equipamentos, José Luiz Raimundo, primeira empresa associada à entidade.

 

A conselheira da ABRH, Simone Kramer, agradeceu aos associados pela confiança depositada na Associação nestas cinco décadas. “Os 50 anos não existiriam, se não existissem os associados. São eles que são importantes. Uma associação sem associados não existe”, destacou.

 

Por fim, o CONGREGARH 2022 apresentou as palestras “Inteligência Social: Aprendizagem com e a partir do Outro”, ministrada por Jay Ribeiro da LEADedu; e “Culturas Efetivas para Momentos Complexos e Turbulentos”, com Rogério Chér da DecisionWise.

 

Relações frias devem se tornar em aprendizado social

Para Jay Ribeiro, só haverá uma transformação, sustentável ao longo do tempo, na sociedade, caso haja proximidade e apoio social entre as pessoas e até entre as organizações. “Se ficarmos na bolha da nossa cultura, sem olhar para fora, talvez estejamos mais distantes do movimento e dos tempos de transformação”, apontou.

 

Uma cultura em movimento deve estar atenta à diversidade e deve estar inserida nas interações que a desafiam. Ribeiro permeou a palestra na diferença entre relações frias e quentes. “Precisamos entender onde estamos: estamos apenas interagindo? Nos relacionando? Ou aprendendo com aquela pessoa?”, questionou Ribeiro. É preciso transacionar entre os dois formatos de contato, para então chegar num aprendizado social. O ministrante levantou quatro recursos para passar de uma interação fria para uma relação quente, através de uma proximidade consciente: fala, escuta, olhar e conexões.

 

A próxima transição chama-se "autoconfiança humilde”, para ir de uma relação quente para a aprendizagem social. Para isso, é preciso ter papéis horizontais, nos quais tutores e aprendizes andam juntos, trocando ensinamentos. Além disso, é necessário ter consciência do valor da própria experiência para compartilhar o conhecimento e ser humilde para pedir ajuda. “Inteligência social é viver e se engajar em uma situação social, compreendendo a si e ao outro e aprendendo com isso. O relacionamento é um dos grandes vetores que fazem uma cultura se organizar. Por um mundo onde interações frias se tornem relações quentes, para chegar em um aprendizado social”, finalizou Ribeiro.

 

A cultura é o início e o fim da nossa história

“Não se iludam, as turbulências não passarão. A experiência de estar vivo é imprevisível e turbulenta e assim seguirá”, sinalizou Rogério Chér sobre tempos instáveis, tanto nas organizações como em uma vida pessoal. Na palestra de encerramento do CONGREGARH 2022, o palestrante alertou que as organizações precisam estar preparadas para lidar, principalmente, com o que não planejaram. A capacidade dessa preparação é que será decisiva para o sucesso.

 

“O software que prepara para lidar com essas capacidades se chama cultura. É preciso se concentrar em fazer o que se deve com aquilo que se tem”, disse Chér, complementando que “quando há problemas há poucas escolhas a se fazer, mas as que serão escolhidas devem ser aquelas que conversam com os valores inegociáveis de uma empresa. A cultura organizacional é o que define o que não se negocia”. Segundo ele, a tríade que promove uma transformação organizacional é: cultura, liderança e engajamento. A cultura deve ser forte e saudável, para ser vivida na experiência tanto do colaborador como do cliente. Porém, as organizações não devem apenas fazer um diagnóstico, mas também incorporar isso na prática Para completar a tríade bem sucedida, a liderança precisa ser coerente, o que resultará em um engajamento dentro e fora da organização. “Cultura deve ser paralela à estratégia, ser intencional e consciente. Cada uma tem seus próprios elementos, mas devem estar sempre alinhados”, finalizou Chér.

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