“Brasil vive uma fase de oportunidade de crescimento”, diz Ricardo Amorim no CONGREGARH 2019

 

O economista abriu o segundo dia de atividades do evento falando do cenário econômico brasileiro e da importância da formação de novos líderes

 

O economista mais influente do Brasil de acordo com a revista americana Forbes, Ricardo Amorim, abriu as palestras desta quinta-feira (16) no CONGREGARH 2019, promovido pela ABRH-RS. Na oportunidade, o também apresentador do programa Manhattan Connection da Globonews falou sobre o cenário econômico e da importância e necessidade de formação de novos líderes preparados para tomar decisões com agilidade.

 

Para Amorim, a agilidade se torna cada vez mais importante, visto que o mundo está mais dinâmico e necessitando de decisões mais rapidamente. “O ritmo dos negócios é maior do que nunca foi, e deve acelerar mais ainda. Devemos formar pessoas que consigam tomar decisões de forma ágil, não mais esperem receber ordens”, ressaltou.

 

Ao falar do cenário econômico brasileiro o economista se mostrou otimista apesar do ambiente político conturbado, mas atrelou o crescimento a execução de reformas estruturais. “A tendência é de crescimento, já passamos por uma grave crise durante o governo Dilma e agora o Brasil vive uma fase de oportunidade de crescimento. Entretanto, para ter impacto a longo prazo e perdurar, a reforma da previdência é essencial para diminuir o déficit e impedir que verbas sejam retiradas para cobrir este rombo”, disse. Amorim ainda relatou que a “discrepância nas regras dos benefícios repassados pela previdência, somada a maior expectativa de vida das pessoas demonstram que o modelo atual não é sustentável”.

 

“A população sabe que é ela quem paga a conta, por isso não vejo uma nova greve que pode paralisar o país”, disse Amorim ao elencar fatores que podem impedir a economia brasileira de voltar a crescer. Para ele, o Congresso deve aprovar as medidas necessárias a fim de não “ser responsabilizado diante de um novo caos que pode surgir caso não o façam”.

 

Ao falar da economia internacional, o economista mostrou preocupação com os Estados Unidos e sua política anti-imigratória. “Eles estão com uma taxa baixíssima de desemprego, 3,5%. Se você não encontra pessoas para a sua empresa e ainda não conta com a parcela de imigrantes, você contrata alguém do seu concorrente. Sendo assim, você paga mais, as pessoas ganham mais e, portanto, consomem mais”. Para Amorim, isso pode parecer um ciclo virtuoso, entretanto, para custear os altos salários as empresas aumentam os preços e, consequentemente, a inflação aumenta. “Esse é o momento em que o governo passa a interferir no mercado para impedir esse aumento. Ele aumenta a taxação das empresas que acabam optando pela demissão de seus funcionários”, finalizou.

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