Transformações digitais é assunto de palestras nesta manhã no CONGREGARH 2019

 

A trilha Desenvolvimento de Lideranças na Prática foi destaque no primeiro dia do CONGREGARH 2019. As três palestras da manhã trataram sobre as transformações digitais e os principais aspectos que os líderes precisam ter atualmente. “O Líder que Transforma” foi a primeira palestra da manhã, ministrada pelo CEO da Afferolab, Rodrigo Pimentel. Na sequência, o Chief Creative Officer (CCO) e sócio da Nexialistas Consultores, Alberto Roitman, falou sobre “O papel do Líder Influencer”. Por fim, o CEO da CENEX, Paulo Amorim, falou sobre “Como ser um líder efetivo no Tradicional e no Novo”.

 

Pimentel destacou que para ser um Líder Exponencial, o profissional necessita de quatro caraterísticas: respirar mudança, viver o digital, vibrar com os fracassos e ter foco total no cliente. “Viver o digital está acontecendo neste momento. E a transformação digital afeta todas as áreas da empresa. Não podemos ignorar esta mudança”, afirmou. Para se adaptar às mudanças, o CEO afirma que o RH precisa passar por transformações para ajudar as organizações a se manterem competitivas na era digital. A inserção das equipes de gestão em reuniões estratégicas das empresas é uma das mudanças fundamentais apontadas pelo palestrante.

 

“Um bom profissional deve ter simpatia com o universo dos dados e da realidade da empresa como um todo e unir isso ao conhecimento de gestão”, disse. “Para resultados efetivos, é preciso que o RH esteja dentro da agenda estratégica das empresas”, complementou. O CEO da Afferolab acredita que as próximas lideranças das companhias serão dos departamentos de RH ou de quem trabalha em áreas de gestão de pessoas. “O olhar para as pessoas é fundamental hoje em dia, e é com isso que o profissional de RH conta e que o levará a CEO”.

 

Abordando “O papel do líder influencer” Alberto Roitman também ressaltou a transformação de mercado vivida atualmente por consequência das mudanças digitais e apontou as principais características que um líder precisa ter neste momento de transformação. Destacou que precisam de agilidade na entrega dos processos, mas também devem aprender a receber feedbacks dos funcionários. “É preciso conversar com suas equipes, assim estarão mais próximos e será mais efetivo na entrega de resultados”, enfatizou.

 

Modelos antigos falidos

Roitman acredita que as empresas precisam romper com certos modelos antigos que prejudicam os avanços. Para o CEO, é necessário mudar radicalmente e promover revoluções aos poucos. “As companhias querem ser mais digitais, mas não liberam o sinal do wifi, por exemplo. Seguem fazendo longas reuniões que tomam tempo, não utilizam o sistema da nuvem e tampouco querem se comunicar por aplicativos”, exemplificou.

 

Mas, para Roitman as empresas falham também no momento de recrutar novos funcionários e de promover novos líderes. “O nome da Universidade de formação não pode ser crucial na hora da escolha do candidato. Futuramente nem o diploma será necessário”, afirmou, exemplificando que Steve Jobs e Bill Gates não possuíam títulos universitários e provavelmente não passariam em entrevistas de emprego. “E o processo de novas lideranças precisa ser revisto. Quais as prerrogativas para ser um líder atualmente?”, questionou.

 

Apresentar novos caminhos de aprendizagem é outro método que precisa ser adotado pelas empresas para estimular o aprendizado das equipes. “Primeiro é necessário levar ferramentas e visões diferentes, mostrar podcasts, vídeos, capítulos de livros, cases de sucesso, para depois ir para a sala de aula”, afirmou. “Precisamos de líderes e RHs influencers, que entendam de gente, do mercado e dos negócios. E ser um líder influencer é uma questão de mindset”, finalizou.

 

Tradicional X Novo

Para Paulo Amorim, mudar o mindset é essencial para ser um líder efetivo no tradicional e no novo. “Trazer o novo e derrubar o antigo sem trabalhar o comportamento é algo que dá muito errado”, afirmou o CEO, “entender o contexto e mudar o mindset é o essencial para ser um líder”.

 

Amorim apresentou na palestra o Conceito Tesarac, que está no meio entre o tradicional e a era digital. “O tradicional já deu sinais que não está respondendo como antes, mas não podemos tirar ele de lá. E o novo já está aí, mas por diversos motivos não podemos adotar 100%. O Tesarac é o meio entre os dois, e os líderes estão vivendo neste meio”, explicou o CEO. Para se adequar, Amorim destacou que é necessário entender todos os contextos: do líder, da organização e do mercado. E compreender que este contexto é igualmente mutável.

 

Para finalizar, ele deu os caminhos para as empresas e os líderes sobreviverem entre o tradicional e o novo: possuir habilidades de liderar na complexidade e ambiguidade, ter gerenciamento remoto e virtual, diferenciar o que é e pode ser gerenciado por máquinas e sistemas. Processos que devem ser implementados e treinados nas empresas. “Para caminhar e viver bem neste meio, os líderes precisam saber questionar, serem humildes para pedirem ajuda, aprenderem de forma multidisciplinar e passarem por um processo de autoconhecimento”, finalizou Amorim.

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