Saúde mental em foco no CONGREGARH 2022

Graziela Alberici, Paulo Alvarenga e Marco Fabossi reforçaram a importância de se debater o tema dentro das organizações

A última manhã de conteúdos do CONGREGARH 2022 teve como foco a saúde mental e o bem-estar dentro das organizações. Temas como depressão e burnout tiveram destaque nos debates, que reforçaram a importância do setor de Recursos Humanos na estratégia de prevenção de casos de adoecimento da saúde mental de líderes e funcionários. Após as palestras, a diretora da ABRH-RS, Inez Amaro, convidou a presidente e cofundadora da UNIVENS, Nelsa Nespolo, para receber um reconhecimento pelo trabalho realizado pela cooperativa de costureiras, responsáveis pela produção das bolsas de pano distribuídas ao público durante o evento.

A especialista em Saúde Mental no Trabalho e Fatores Psicossociais do SESI/RS, Graziela Alberici, apresentou como os fatores psicossociais impactam na geração de resultados de uma organização. “A temática não é nova, mas a pandemia trouxe muitos desafios. Porém, também possibilitou oportunidades de olhar para a saúde mental com outro ponto de vista”, afirmou. Além de abordar sobre de quem seria a responsabilidade pela saúde mental dos funcionários dentro de uma empresa, a especialista falou ainda sobre a Síndrome de Burnout, adoecimento relacionado ao trabalho em um ambiente não administrado adequadamente e que tem como um dos motivos mais comuns a alta demanda.

Cultura focada em saúde mental e bem-estar

Em seguida, o CEO e Founder da Mastersoul, Paulo Alvarenga, falou sobre a construção de uma cultura focada em saúde mental e bem-estar. Com uma palestra empolgada e inspiradora, o executivo falou sobre a importância da mudança de pensamento e como as emoções do indivíduo estão ligadas diretamente com a energia e a forma de ver o mundo.  “Mude o seu estado interno e você mudará a percepção sobre as coisas”, disse.

Paulo abordou diversas percepções sobre os desafios diários a partir do não reconhecimento e falta de identificação de fatores que afastam o colaborador do ambiente de trabalho. Reforçou ainda que o líder tem a responsabilidade de auxiliar na mudança de cultura das organizações e criar ambientes engajadores. “É a mentalidade do líder que gera o comportamento dele e o da equipe, mudando a cultura da organização”, reforçou, completando: “Temos a oportunidade de desenvolver os nossos times e ter conexão com as pessoas. Devemos colocar o indivíduo no centro, cuidar das equipes, ter momentos de ligação. Precisamos dar às pessoas o que elas necessitam e não o que querem. Quem cria a cultura do bem-estar é o líder”.

Segurança psicológica

Para seguir com o tema, o sócio-diretor da Crescimentum, Marco Fabossi, abordou a segurança psicológica para a construção de uma organização anti-burnout. Para o especialista, um líder deve demonstrar interesse genuíno pela sua equipe e ser ouvinte. “Isso permitirá uma compreensão de quais os recursos que as pessoas precisam para que as mesmas possam entregar o seu melhor”, afirmou.

Marco abordou ainda sobre as quatro dimensões da confiança, bem como o quarteto de pilares da segurança psicológica. Segundo ele, tem que haver aproximação com as pessoas para que a base de engajamento, composta por propósito, empoderamento, excelência e abertura, possa ser efetiva. “Estar perto é geografia. Estar próximo é escolha. A confiança é medida pelo nível de segurança. Uma organização anti-burnout deve ter confiança, segurança psicológica e uma cultura de engajamento”, finalizou.

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