
O evento, considerado o maior e mais importante congresso de gestão e pessoas do Sul do Brasil, está sendo realizado, entre 25 e 27 de setembro, pela Associação Brasileira de Recursos Humanos seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS) no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre.
A tarde do segundo dia do CONGREGARH, na quinta-feira (26), foi marcada por cinco palestras entre as áreas de saúde mental, segurança psicológica, diversidade e ESG. O maior e mais importante congresso de gestão e pessoas do Sul do Brasil, promovido pela ABRH-RS, foi palco de reflexões com os seguintes conferencistas e temas: Marcos Mendanha - “Quais Escolhas a Organização Pode Fazer pela Minha Saúde Mental? E Quais as Escolhas Cabem a Mim?”; Genesson Honorato - “Construindo Pontes: O Papel da Pessoa Aliada no Futuro da Diversidade”; Viviane Mansi - “ESG como Alavanca de Sucesso Organizacional”; Carolina Ignarra - “Diversidade e Inclusão”; e Veruska Galvão - “Segurança Psicológica: Veículo para Alta Performance”.
Marcos Mendanha, com carreira na área trabalhista como médico, advogado, professor e diretor da Faculdade CENBRAP (Centro Brasileiro de Pós-Graduações), destaca que, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as empresas que investem em gerar um bom ambiente paras as pessoas têm melhor performance. “Os níveis mais altos de bem-estar entre os trabalhadores representam maiores retornos sobre os ativos, mais produtividade, mais ganhos no mercado de ações e menores custos em questões como saúde ocupacional, por exemplo”. O especialista abordou os principais motivos de burnout: sobrecarga de trabalho, falta de controle, recompensa insuficiente, perda de comunidade, ausência de equidade e conflito de valores. “É preciso estar muito atento à saúde mental. O envolvimento e o exemplo das lideranças é fundamental para promover e fomentar vínculos mais saudáveis e motivadores”, ponderou.
Genesson Honorato, que está entre os profissionais de RH mais influentes do País, abriu sua fala sobre diversidade dizendo que “o talento está em todo lugar, mas as oportunidades não estão”. Para o professor na Fundação Dom Cabral e articulista na MIT Technology Review, mesmo em meio a tanta tecnologia, só quem pode mudar o mundo são as pessoas.
“Negócio sem gente, são apenas paredes e máquinas. Os números não mentem, mas também não sentem. O fator humano é que faz a diferença. E as empresas que realmente adotam diversidade são as que se diferenciam em resultados e inovação”.
A fundadora do Grupo Talento Incluir, Carolina Ignarra, agregou mais mensagens importantes sobre o tema Diversidade e Inclusão. Ela afirmou que apenas 49% das vagas da lei de cotas para empresas são cumpridas hoje no Brasil. “Precisamos evoluir nisso. Representatividade é quando muitas pessoas representam um determinado grupo, diferente de ter representação.” A especialista em neuroaprendizagem ainda reforçou: “todos têm capacidade. Nosso valor não está na condição física ou nos títulos, está na jornada”, refletiu.
Para Viviane Mansi, diretora de Relações Corporativas da companhia multinacional Diageo, a pauta ESG vem avançando, “mas do jeito que vivemos hoje, a gente não está entregando tanto valor. Temos que ter mais consciência do impacto das decisões que tomamos”. A professora, com mais de duas décadas de atuação na área, ressalta que as empresas precisam ter compromisso em minimizar os impactos que geram no meio ambiente, e também com diversidade e inclusão. “Temos um longo caminho a seguir. Mas quando grandes companhias, especialmente, abraçam isso na prática, inspiram as demais. E essa transformação ganha a força de precisa”, avalia.
Veruska Galvão, idealizadora do Movimento Maio Humanizado, finalizou a tarde abordando o tema Segurança Psicológica. “Como são os ambientes de trabalho? Promovem segurança ou medo?”, questionou. Ela destacou que o termo Segurança Psicológica é novo e vem sendo cada vez mais estudado. “Trata-se de um fenômeno relacional dentro de grupos, que está diretamente ligado à qualidade das nossas relações no trabalho”, explicou. A empresária e escritora apontou que os três principais fundamentos vinculados com o conceito são: comportamento da liderança; relacionamento com a equipe; contexto organizacional. “A importância da segurança psicológica não é um exagero. É a diferença entre equipes que apenas sobrevivem daquelas que realmente se superam nos resultados”, afirmou.