“Precisamos ser originais, inventivos e olhar para o outro”, diz Miguel Falabella no encerramento do CONGREGARH 2019

 

Em uma mistura de emoções e humor, Miguel Falabella encerrou o CONGREGARH 2019, promovido pela ABRH RS, no Centro de Eventos da PUCRS. Na palestra A construção de uma trajetória ágil com propósito, o ator e diretor contou momentos da vida pessoal e profissional, receitou os ingredientes do sucesso e reforçou que a educação é fundamental na vida das pessoas.

 

“Para mim, os mais difíceis são os primeiros encontros”, introduziu Falabella, complementando: “Ainda mais que vocês já têm um pré-conceito de quem eu sou, então vou mudar a maneira de me apresentar”. Dessa forma, o diretor declamou uma poesia da americana Emily Dickson, no qual a poeta questiona a diferença da sílaba para o som. “Sociabilidade, comunicabilidade e em última análise, civilização”, respondeu, “civilização é a somatória da persistência dos sonhos”.

 

Falabella relatou que desde os oito anos sabia que queria trabalhar no teatro. Quando a avó o levou, como presente de aniversário, à sua primeira peça. “Os sonhos precisam ter nome. Não podem ser genéricos, você precisa ter um foco, saber exatamente o que quer”, frisou.

 

Mas mesmo sabendo onde queria chegar, houveram obstáculos. Foi desestimulado, ouviu muitas negativas, tanto no meio profissional como da família. Após terminar a faculdade de Letras, foi morar na Europa para tentar a vida e então retornou ao Brasil determinado que seria diretor. Aos 25 anos, em 1983, dirigiu sua primeira peça. “A partir de então, engrenei a carreira e as portas foram se abrindo, tive grandes aprendizados. Porque cruzei com gente muito importante nessa vida, que me ensinaram coisas fabulosas” lembrou.

 

Falabella afirma que, para dar certo há tanto tempo, é preciso se colocar no lugar do outro. Hoje, o diretor conta com uma receita do sucesso. “Claro, é uma receita fantasiosa. Se não, estaria milionário”, brincou.

 

Os dez ingredientes desta receita são: poesia, disciplina, adaptabilidade, autoestima, praticidade, planejamento, originalidade, persistência e pertencimento e, por fim, generosidade. “São ingredientes em receita que não existe, para um sucesso que também não existe, porque sucesso é relativo. O que me faz feliz, não é o que faz o outro feliz, o que é sucesso para mim, não é para você. Cada um vê prazer em lugares diferentes”, frisou. “Mas a generosidade é fundamental. Generosos com os outros e conosco. Principalmente no momento de ódio e polarização que vivemos. Precisamos de alguma forma neutralizar esse ódio e transformar em algo possível, se não vamos ladeira abaixo”, afirmou.

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