Palestrante do CONGREGARH 2017, Jerônimo Lima fala sobre tendências e gestão de empresas

 

Jerônimo Lima é consultor e CEO da Mettodo - Reflexão Estratégica. Com vasta experiência na área, atuando com grandes empresas, ele será um dos palestrantes do CONGREGARH 2017, que acontecerá entre os dias 17 e 19 de maio, no Centro de Eventos da PUCRS.

Lima aborda as grandes tendências do segmento, a importância das organizações se prepararem para os novos tempos e para a construção de um futuro com valor – tema do CONGREGARH 2017 – e destaca a necessidade de reciclagem dos profissionais de gerações passadas quanto à postura da nova liderança. “Creio que temos empresas como exceção, porém representam 5%. Cerca de 95% estão despreparadas, administrando problemas básicos e evitando estudar questões modernas”, enfatiza.

 

Em entrevista ao Blog CONGREGARH 2017, um dos palestrantes dessa edição conta como as empresas estão agindo e se preparando para construir um futuro com valor.

 

BLOG CONGREGARH 2017: Quais as principais tendências para o mercado de trabalho nos próximos anos?

Jerônimo Lima: A televisão expõe diariamente a informação de mais de 12 milhões de pessoas desempregadas no Brasil. Nem todas conseguirão retornar ao mercado de trabalho. Muitas profissões foram ou serão extintas. Com o avanço da tecnologia, são criadas novas atividades como, por exemplo, piloto de drone.drones de pouca capacidade e autonomia, porém existem modelos de maior relevância e que demandarão conhecimento específico. Planejamento de quarta idade também será algo novo, pois a nova geração passará dos 100 anos e a assistência desta etapa será fundamental. A internet das coisas é outra novidade, ligando tudo com tudo, e profissionais para fazer a adaptação nos equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos para assimilar esta tecnologia será um nicho a ser explorado. A robótica já é presente na nossa realidade. A Amazon comercializa dois tipos de robôs - o Echo e a Alexa -, que executam tarefas via conversação.

 

BLOG CONGREGARH 2017: Neste sentido, quais são as principais mudanças de atitude para criar um futuro com valor e sobreviver nesta nova realidade?

Jerônimo Lima: Creio que, do ponto de vista das empresas, a reflexão necessária inicia pela análise de melhoria de processos. É preciso mapear todas as etapas que geram valor e avaliar o quanto estes processos são rápidos, econômicos, sustentáveis, com qualidade, e identificar métodos de gestão para aplicar. Outra questão que as organizações devem se preocupar é com maior investimento em capital humano. Quando se tem um grupo preparado, o processo de mudança tem mais chances de ocorrer conforme o planejado. Porém, quando o time ainda não está pronto, é preciso investir tempo, esforço e dinheiro para colher os resultados no futuro.

 

BLOG CONGREGARH 2017: Como o senhor avalia o perfil do líder com todas as mudanças que acontecerão?

Jerônimo Lima: Penso que o perfil do líder da minha geração já acabou. Meu filho tem 20 anos, é da Geração Z. Ele irá entrar no mercado de trabalho e não aceitará autoritarismo do jeito que os antigos aceitavam. Ele não quer rotina, não quer mesmice e valoriza o conhecimento, além de desejar provocações na carreira. O desafio passa por testar, fazer inovações, e nem sempre dá certo. O erro precisa ser interpretado como aprendizado para que possa aportar conhecimento e fazer com que as coisas aconteçam de maneira diferente. Isso já acontece atualmente e requer reciclagem para um novo perfil de liderança. Os profissionais precisam estar alerta e se adaptar, caso contrário, estarão entre os mais de 12 milhões de desempregados.

 

BLOG CONGREGARH 2017: O senhor acredita que as empresas estão preparadas para construir um futuro com valor?

Jerônimo Lima: Temos empresas como exceção, porém representam 5%. Outras 95% estão despreparadas, administrando problemas básicos e evitando estudar questões modernas. Se compararmos o PIB do Rio Grande do Sul com o de outros estados, veremos que não evoluímos. Estamos estagnados. Creio que as nossas empresas, nacionais no geral, não estão aptas para os novos tempos. O Brasil precisará de um esforço diferenciado por parte das organizações para poder reverter a crise. Todas as organizações têm potencial para encarar esta nova era, porém demanda análise e melhoria de processos, para qualificação interna e aumento da competitividade, além de investimento nas pessoas. Este é meu trabalho, mostrar para os executivos e empresários que isto é importante e fazê-los acreditarem. Caso contrário, as empresas morrerão assim como algumas profissões.

 

Assista a entrevista de Jerônimo Lima e conheça os demais palestrantes do CONGREGARH 2017.

As inscrições do CONGREGARH 2017 estão com valores promocionais até o dia 31 de março. Para mais informações, clique aqui. Aproveite a oportunidade e participe do maior evento de gestão de pessoas do Sul do Brasil.

 

 

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