I Fórum de Segurança e Saúde do Trabalho da ABRH-RS debate SESMT em Tempos de eSocial

 

A Associação Brasileira de Recursos Humanos seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS) realizou o I Fórum de Segurança e Saúde do Trabalho para debater o tema “SESMT em Tempos de eSocial”. A vice-presidente da ABRH-RS, Solange Azambuja, ressaltou que o assunto é fundamental para gestão das organizações: “Muitas empresas já se adiantaram nos seus processos, porém há muita dúvida ainda acerca deste quesito”.

O auditor do Ministério do Trabalho, Daniel Engelbrecht, dissertou sobre o antes e o depois da Segurança do Trabalho com o e-Social e afirmou: “No que se refere à legislação, não muda absolutamente nada. O que muda é a forma de gestão das empresas. O e-Social não abrange todas as obrigações da SST na legislação”. Ainda explicou que o sistema não gera multa automaticamente, pois os casos passam por auditoria. Segundo Engelbrecht, os principais desafios na prestação das informações serão: a integração entre profissionais de SST e demais envolvidos no lançamento; a grande abrangência das informações a serem prestadas e a sua individualização; o dinamismo do e-Social; e a qualidade das informações prestadas - que considerou o ponto mais importante. Môsiris Pereira, médico do Trabalho e mestre em Epidemiologia, abordou o impacto do e-Social na gestão do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. “Independentemente de normas reguladoras, está na legislação a garantia de um local adequado”, informou. Segundo Pereira, será possível um registro laboral de todos os contribuintes, inclusive o doméstico e completa. 

No painel composto pelo gerente corporativo de Relações Trabalhistas nas empresas InBetta , Ângelo Strapazzon, e pela especialista em Medicina do Trabalho, Dra. Rosani Carvalho de Araújo, o foco foi nos desafios da integração das diferentes áreas. Strapazzon apresentou o case da InBetta, empresa que exporta para mais de 50 países. “No ano passado, iniciamos o processo do e-Social na empresa por meio da rotina do setor de Recursos Humano. Uma analista é responsável, part time, com foco exclusivo nesta implementação”, disse. Segundo ele, é preciso ajustar os sistemas de gestão de RH além de qualificar a base de dados existentes, além de complementá-la. “Nós acreditamos no e-Social. Tivemos diversos benefícios, como a agilidade na troca e levantamento de dados, por exemplo”, explicou. “Tenho muitos anos de atuação e, em nenhum momento, acreditei que o e-Social fosse um monstro. Faço a comparação de que é um software que demanda uma atualização para nos tornarmos compatíveis”, conceituou Rosani. Segundo a especialista, é uma bela oportunidade de inovar e crescer, traduzindo os processos para a plataforma.

Por fim, o engenheiro de Segurança do Trabalho, Rogério Luiz Balbinot, afirma que 95% dos engenheiros misturam legislação trabalhista com previdenciária, e completa: “A área de SST não está acostumada com software”. Segundo ele, primeiro vem a segurança e depois a saúde. “É preciso prevenir riscos. O dia que o trabalhador for tratado tal como matéria-prima, a área de SST melhorará”, concluiu.

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