Fórum de RH da ABRH-RS reúne especialistas e debate a evolução da área de gestão de pessoas

 

Primeira edição do evento aconteceu no ParkShopping Canoas

 

A ABRH-RS promoveu na última quarta-feira (23) a primeira edição do Fórum de RH para debater o tema “HR Transformer”. O objetivo também foi fomentar uma comunidade inovadora e colaborativa que conecte atores do cenário de relações do trabalho. O membro diretoria da ABRH Rio e da coordenação do CONARH, Dorival Donadão, abordou as principais tendências globais do setor e afirmou que é preciso estruturar um portfólio de atuação estratégico e ser competente nos itens deste escopo. “Encurtar significa desburocratizar”, afirmou. O palestrante relatou que os resultados são importantes e é preciso desenvolver uma cultura de compartilhamento. “Temos que aproximar líderes, valores, culturas…”, contou.

 

Já a diretora de Certificação e Delegação na ABRH Brasil, Salete Beltrão, seguiu na linha de competências mundiais e pontuou que em qualquer lugar do mundo, todos os processos envolvem pessoas: “Este deve ser o pilar forte de todas as empresas”. Outro ponto importante citado pela especialista foi de que o capital humano humano deve ser orientado rumo ao crescimento de resultados. “É fundamental desenvolver competências para alinhar o bem-estar das pessoas e o sucesso da organização”, destacou. Por fim, apresentou uma importante pesquisa da SHRM que atingiu mais de 33 países para falar com profissionais com o intuito de levantar o que é preciso e importante para a atividade. Como principal dado, Salete informou: “O RH precisa estar nas reuniões sobre a perspicácia dos negócios. As lideranças que falam de estratégia têm mais voz na empresa”, frisou.

 

Na sequência, a presidente da ABRH-RS, Crismeri Delfino Corrêa, apresentou o Manifesto Ágil da instituição: “Agilidade é mais do que uma prática, é uma forma de pensar. Buscamos contribuir com a transformação do RH por meio do exemplo do manifesto e os quatro pilares principais: Pessoas, Liderança, Processos e Organizações”, relatou. A burocracia é o principal empecilho para a mentalidade ágil, segundo Crismeri.

 

Laura Widal, CEO da LW Consultoria, abordou o novo mindset do segmento e conceituou que a transformação digital significa mover o conjunto para soluções tecnológicas: “Não basta apenas um setor adaptar-se”. A palestrante apontou os quatro principais caminhos para o futuro: Agilidade, Inteligência Emocional, Design Thinking e Learning Agility. “Todos são habilidades e falam sobre modelo mental”, relatou. 

 

RH na Era Digital foi a palestra de Fábio Rosseto, diretor executivo Financeiro no Centro Clínico Gaúcho. “Há uma necessidade por parte das empresas de conhecerem seus colaboradores a fundo, mas não apenas habilidades e qualificações como também os sonhos, visões e perspectivas. E estão investindo para tal”, falou. De acordo com Rosseto, o modelo tecnológico retém funções repetitivas e permite às pessoas focarem em análises estratégicas”, informou.

 

Para abordar os novos modelos organizacionais, Renato Ferrari, consultor e empreendedor, abordou os conceitos de holocracias e Lígia Hacker, da VAGAS.com, apresentou o case da empresa. Ferrari afirmou que, no mundo de hoje, as coisas nunca foram tão rápidas. “As empresas não foram feitas para essa tsunami de mudanças. Estamos na era da autogestão e da confiança nas pessoas”, pontuou. Sobre modelos de organizações horizontais, Ferrari destaca que o presidente ou o CEO assina um documento no qual descentraliza o poder. Para ilustrar os conceitos do palestrante, Lígia contou que na VAGAS.com a essência da troca é importantíssima: “O tempo todo estamos desconstruindo e construindo. Não temos compromisso com a perfeição”. Ela ainda frisou que, atualmente, os propósitos e as estruturas organizacionais são questionados constantemente. “Em um modelo horizontal, o silêncio é algo totalmente desrespeitoso”, classificou.

 

Helen Machado, presidente da Carris, encantou o público com a apresentação do desenvolvimento da empresa desde o momento que assumiu como gestora, na oportunidade o déficit alcançava 74 milhões de reais. “Os processos estavam complexos, quando um profissional faltava o trabalho parava. E, para mim, o princípio mais importante de uma organização é oferecer o mínimo às pessoas”, disse. Mediante alto investimento em treinamento, resgate da identidade da empresa e dos colaboradores, a empresa voltou em agosto de 2019 a registrar lucro líquido. “As comissões atuavam de forma política, ao invés do propósito coletivo”, relatou.

 

Já Rodrigo Leite, especialista em Liderança e Educação Corporativa, afirmou que liderar é uma condução de experiência via princípios: “A liderança requer escolhas e não, necessariamente, remete à gestão”. Segundo ele, os profissionais precisam estar prontos para quando surgir a oportunidade, ao invés de capacitar-se após a passagem da chance: “Se os líderes escutassem mais os colaboradores, os desafios de RH diminuiriam 60%”, disse. Por fim, a palestra com o Tenente-Coronel Edirlei Viana da Silva e com o Major Peterson José Paiva Monteiro relatou detalhes sobre a operação de resgate em Brumadinho, a maior do Brasil até hoje. “Não há propósito maior do que levar as vítimas de volta aos seus entes queridos”, afirmou o major. Já o tenente-coronel relatou: “Não há heróis, nós temos prazo de validade na operação. A conquista é coletiva”, fazendo menção aos 21 dias que cada profissional atua na missão, em função das substâncias nas quais ficam expostos.

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