A Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS) promoveu na última quinta-feira (17) o 15º Fórum de Gestão de Pessoas, no Teatro da Feevale, em Novo Hamburgo/RS. O tema debatido foi Estratégias de gestão para diferentes gerações. O presidente da ABRH-RS, Orian Kubaski, afirmou que o tema ainda é uma pauta hegemônica nas empresas. “Espero que o conteúdo abordado neste encontro efetive soluções para as organizações”, afirmou.
A filósofa e escritora, Terezinha Rios, abordou a importância de valores, independentemente das gerações as quais as pessoas pertencem. Segundo ela, os princípios da ética são: respeito, justiça e solidariedade. “É preciso considerar a existência do outro”, relatou, justificando que o significativo é o peso do respeito no relacionamento profissional para existência de uma perspectiva ética. “Esta ética não está em tratados ou ambientes privilegiados. Ou está entre nós ou ela não faz sentido”, disse. “O conflito é a possibilidade da diferença. O ruim é quando a gente se fecha a ela”, enfatizou Terezinha.
O evento contou com um painel de apresentação de cases, mediado pela professora da Feevale, Maria Cristina Bohnenberger. Estiveram presentes o sócio-fundador da Joker, Rodrigo Hoffmann; o presidente do Grupo Dimed, Júlio Mottin Neto; e o sócio-fundador da Marelli Ambientes Racionais, Francisco Antonio Santos. Mottin Neto acredita que, como organização, o Grupo Dimed busca se desafiar para acolher gerações experientes e atrair a geração inovadora. “O setor de RH é uma gestão de liderança. Não é um segmento para se delegar, pois é muito importante”, contou. Santos creditou no desenvolvimento de colaboradores a estratégia fundamental da Marelli. “O trabalho precisa ter significado. No processo de capacitação e formação interna de nossos colaboradores, temos a oportunidade de inserir os valores e a cultura institucional da organização”. Hoffmann contou como estruturou a empresa em um formato diferente das corporações tradicionais. Reforçou a importância do engajamento e da motivação de sua equipe. Ele desenvolveu um método de gestão de pessoas com base em valores identificados, e não criados pela empresa. “Quem visita ou trabalha com a Joker, não identifica a hierarquia formal, mas, sim, percebe equipes criativas que atuam com liberdade para trocar ideias e experiências”.
O jornalista Caco Barcellos destacou as principais ferramentas que utiliza no jornalismo e que são fundamentais na área de gestão de pessoas. “Utilizamos a observação, a fala e a arte de saber ouvir”, disse durante o encontro. Ele enfatizou que o Brasil é um país de extremos. “No programa profissão repórter são cerca de 26 mil candidatos para 10 vagas. Avaliamos a trajetória dos candidatos no processo seletivo. Os jovens de hoje são muito melhor formados, são mais bem preparados, porém o conhecimento de realidade é muito pequeno”, concluiu Caco Barcellos.