Economia, a era da personalização e trabalho híbrido são destaques no CONGREGARH 2022

Conteúdos foram apresentados em palestras e painel durante o evento que segue até amanhã, no Centro de Eventos da PUCRS

A segunda manhã de conteúdos do CONGREGARH 2022 debateu o cenário econômico atual, a era da personalização e o modelo de trabalho híbrido. A palestra Cenário Econômico Brasileiro - certezas e incertezas, ministrada pela economista e professora da ESPM, Patrícia Palermo, apresentou um panorama do cenário econômico nacional e internacional, além de reforçar que compreender a conjuntura econômica auxilia na tomada de decisões. “Ser estratégico é entender o mundo que vivemos, se adaptar e pertencer cada vez mais a ele. E no momento que me informo, tenho capacidade de fazer escolhas melhores”, afirmou, completando: “Quando se entende o cenário econômico inserido, temos capacidade de antecipar e lidar melhor com os problemas que venham acontecer. Começamos a ter saídas melhores”.

Patrícia trouxe ainda os impactos que a pandemia gerou no mundo, reforçando que as sequelas seguirão por um longo tempo e falou da recessão. “A pergunta não é mais se o mundo entrará em recessão, mas quando, por quanto tempo e quão profunda será”, lembrou a economista. 

RH como peça chave na Agenda ESG

Em seguida, a CEO e founder da IRIS, Bruna Rezende, trouxe para o debate a importância da área de gestão de pessoas para a agenda ESG de uma organização. “Não é possível construir um futuro viável sem refletir os caminhos que nos trouxeram até aqui”, colocou, falando sobre a necessidade de se repensar e encontrar formas de humano e natureza prosperarem conjuntamente.

Segundo Bruna, a perspectiva de se criar um modelo econômico com equilíbrio dinâmico se dará por uma questão de sobrevivência, a partir de ideias que combatam os excessos e a escassez. “A tecnologia que temos hoje deve ser utilizada como ferramenta para alcançar o modelo econômico no qual todos os lados saiam ganhando”, disse. A executiva explicou ainda a importância da mudança de mentalidade e que os negócios serão a força motriz de soluções para um futuro viável e alertou sobre a pauta ESG ser o centro da estratégia para o futuro dos negócios. “As empresas começarão a decidir por negócios a partir da geração de impacto que será gerado na natureza”, reforçou.

A era da personalização

Novo mundo do trabalho: a era da personalização foi o tema da palestra do especialista em carreira e CEO da Produtive, Rafael Souto. Dividido em quatro blocos, ele abordou a compreensão do cenário, o papel do indivíduo, o líder contemporâneo e o papel da organização na carreira dos funcionários.

Após apresentar a evolução do trabalho ao longo dos anos, Souto lembrou da importância de atentar para a própria carreira. “Muitas vezes trabalhamos em uma organização pensando na empresa, mas esquecemos de olhar para a nossa própria carreira”, falou. Já em relação ao indivíduo, o especialista lembrou que vivemos em um mundo de transformação rápida, que exige do outro estar em constante aprendizado. “O profissional mais competitivo é aquele que tem um eixo central definido e uma visão sistêmica, além de identificar a oportunidade”, disse. 

Em relação aos líderes, Souto afirmou que devem ser educadores e favorecer a livre movimentação de talentos, além de reforçar a importância do diálogo. “Gestão de carreira não pode ser comando e controle, mas sim, diálogo. O líder precisa ter interesse genuíno no outro”, ressaltou. Já o papel da organização na carreira do indivíduo fica por conta das ferramentas disponibilizadas para que ele construa sua jornada. “Devemos provocar as nossas empresas nessa transformação, refletir sobre o quanto as pessoas são livres e possuem espaço para dialogar”, finalizou. 

Trabalho híbrido foi tema de painel

O último conteúdo da manhã foi o painel Cultura do Trabalho Híbrido, mediado pela professora da Fundação Dom Cabral, Rosimeri D. Severo, e composto pela gerente de Desenvolvimento de Pessoas da Irani Papel e Embalagens e Habitasul, Claudia Vergara, e pela diretora da América Latina da Andritz, Fernanda Brunetto.  

Além de debater sobre os desafios da implantação do home office nas organizações em que trabalham, as participantes trouxeram suas experiências e percepções sobre o novo modelo de trabalho, que iniciou a partir do isolamento imposto pela pandemia e permaneceu mesmo com a volta da normalidade. De acordo com Claudia Vergara, a implantação do home office só foi possível devido a cultura de confiança que a organização possui com os funcionários. “A nossa missão de construir relações de valores foi o que nos manteve”, afirmou. Além disso, a executiva reforçou a importância de estar sempre em contato com as lideranças para entender o contexto de cada equipe e ser ouvinte constante das pessoas que compõem a empresa. 

Já para Fernanda Brunetto, a cultura do trabalho híbrido veio para atender uma demanda de contrato humanizado. “É preciso ter uma relação de confiança, além do compromisso da meta ser compartilhado. Para isso, nunca foi tão importante perguntar se está tudo bem”, explica. 

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