CONGREGARH 2022 inicia com debate sobre governança, startups e sucessão familiar

Manhã do primeiro dia de evento contou com cerimônia de abertura, atrações artísticas, painéis e palestras de referências do setor de gestão de pessoas


Iniciou na manhã desta terça-feira (21), o CONGREGARH 2022, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS), considerado o maior encontro do Sul e um dos principais do Brasil no segmento de gestão de pessoas. A abertura do evento, que acontece até sexta-feira (23), contou com a presença de autoridades, como a subsecretária de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Iracema Castelo Branco, representando o governador do Estado, Ranolfo Vieira; o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo; e o presidente da ABRH Brasil, Paulo Sardinha.


Para o presidente da ABRH-RS, Pedro Luiz Fagherazzi, o CONGREGARH tem como objetivo municiar líderes e gestores com conhecimento e experiência. “A nossa missão é desenvolver pessoas e organizações. A jornada começa agora, mas não termina na sexta. O que aprenderão aqui será lembrado por muito tempo”, disse. A vice-presidente da ABRH-RS, Isabel Degrazia, destacou o propósito da instituição de inspirar e atualizar as lideranças do setor para uma construção colaborativa. “Sustentabilidade, geração de conteúdo e desenvolvimento das organizações, pessoas e sociedade são os pilares principais da atual gestão. Somente com conexão entre pessoas e organizações os resultados aparecerão”, reforçou Isabel.


Para comemorar os 50 anos da ABRH-RS, o público poderá presenciar uma exposição de Monet e Van Gogh, promovida pelo Multiverso Experience, que transformou o ambiente onde ocorrem as palestras em grandes obras de arte.


Painel debateu a estrutura de governança nas organizações
Com um auditório composto de mais de 1.200 pessoas, o primeiro painel abordou o funcionamento da governança e sua importância dentro das empresas. Participaram do momento a coordenadora geral do IBGC/RS, Michelle Squeff, responsável por mediar o encontro; a conselheira do BNDES, Heloisa Bedicks; e o advogado e sócio do escritório Souto Correa Advogados, Carlos Fernando Souto. 


Os executivos debateram sobre a gestão da estrutura de uma governança e como essa área atua de forma estratégica para o desenvolvimento da empresa. “O conselheiro, hoje, é parte da estratégia de uma organização. A responsabilidade do conselho é o desenho desse penso e o ideal é que haja um processo interativo com a diretoria, com definição de caminhos e monitoramento das metas”, revelou Heloisa, ressaltando a necessidade de diversidade dentro dos conselhos e dos comitês para o assessoramento destes grupos. 


Já para Carlos, quem atua na governança deve ter profundo conhecimento e compreensão do contexto do mundo, além de zelar pela cultura organizacional, pelo nível de engajamento das pessoas e ser um bom ouvinte. “A governança é quem toma as decisões dentro da empresa. Fortalecer essa área é extremamente estratégico. É preciso haver sinergia e desenvolvimento de pessoas. Assim, teremos profissionais que desenvolvem ações positivas para a organização e a sociedade”, afirmou Souto. 


Estruturas das startups também esteve em debate
O segundo painel da manhã destacou o protagonismo das startups. O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e TECNOPUC, Jorge Audy, mediou o encontro, que contou ainda com a participação do CEO do Instituto Caldeira, Pedro Valério; a diretora de Tecnologia da Hygia Saúde, Priscila Mierre; e o líder da TECNOPUC e Startups, Rafael Chanin. 


Segundo Audy, as maiores empresas de valores do mercado nasceram como startups. “O Facebook, por exemplo, foi criado dentro de um ambiente de inovação, como o que oferecemos aqui”, afirmou, reforçando: “Startups possuem duas características centrais nas estruturas: leveza e rapidez”.


Já Pedro Valério trouxe a sua experiência com o Instituto Caldeira e como a visão sobre as startups evoluiu ao longo dos anos. “O que se vê é uma visão muito mais clara dos motivos das conexões dos empreendedores com essas organizações mais enxutas. Isso acontece para a fomentação de competitividade, para uma busca cada vez maior por estar apto e para as transformações que qualificarão as organizações frente às inovações”, explicou Pedro, completando: “A visão dentro do Caldeira é que ações, como o CONGREGARH, são importantes para fomentar relacionamentos e conexões que geram valor”.


Já o líder do TECNOPUC e Startups, Rafael Chanin, apresentou um pouco do conceito de startups e contextualizou a importância de estar inserido nas plataformas, que possibilitam a conexão de todos os agentes envolvidos no ecossistema. “Uma startup passa pelo constante desafio de se reinventar. Os profissionais que trabalham nessas organizações precisam estar atentos para verificar se os processos que hoje fazem sentido ainda farão no futuro”, disse. 


O case do painel ficou por conta da Hygia Saúde, representado pela diretora de Tecnologia, Priscila Mierre, que compartilhou a experiência de gerir uma startup, os desafios enfrentados e a estruturação da área de Recursos Humanos, setor estratégico para o desenvolvimento da empresa. “É desafiador. Devemos procurar aliados, se desafiar e crescer no modelo startup. A pressão existe de todos os lados, mas devemos ser resilientes, palavra inclusive que deveria ser norteadora das startups”, falou Priscila, reforçando a importância de investir nas pessoas dentro das organizações: “Mais importante que encontrar pessoas é mantê-las.”

Sucessão familiar e os seus desafios
Para encerrar a primeira manhã de conhecimento do CONGREGARH, a fundadora do Instituto Sucessor e psicóloga, Magda Geyer Ehlers, apresentou a palestra Os desafios da sucessão na empresa familiar. A especialista abordou os desafios de uma empresa familiar, a importância do comprometimento e a cultura da mudança na forma de sucessão. “A dificuldade na sucessão familiar é o ambiente de insegurança. Se a empresa já tem base, já possui governança, fica mais fácil”, explicou.


Segundo a especialista, a empresa precisa analisar os propósitos da família, o que fez a organização familiar continuar e o planejamento estratégico frente às ameaças. “O legado da organização irá prevalecer em cenários de inseguranças”, lembra Magda, que reforça a importância do Recursos Humanos no processo de sucessão: “A área de RH ajuda a perceber, como organização, quem está dentro do negócio, profissionalizando a gestão para apoiar a sucessão, seja o sucessor alguém da família ou um executivo do mercado, e como apoiador da governança (família e sócios)”. 
 

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