Comunicação dentro das empresas é assunto no segundo dia de CONGREGARH 2022

A experiência do colaborador dentro das empresas e a tecnologia foram os temas centrais da tarde desta quinta-feira (22) do CONGREGARH 2022. Ricardo Vandré, ator, consultor e advogado, falou com o tema Comunicação Clara: Skill de Liderança, seguido por Ana Julia Novaes, especialista em experiência do colaborador e Andréa Müssnich, que trabalha com desenvolvimento de lideranças, com o painel “Human Centricity”: O Poder da Voz das Pessoas no Centro da Estratégia e da Cultura. Por fim, Martha Gabriel, pensadora digital e diretora da Martha Gabriel Consulting & Education, encerrou a tarde com a palestra Futuros Humanos, Humanos Futuros.

“Comunicar não é apenas falar, é entender, acolher, ouvir”, destacou Ricardo Vandré.

É necessário que exista em uma organização uma comunicação clara, simples e assertiva e que esta esteja inserida na cultura organizacional. É desta forma  que Ricardo Vandré traz como pontos fundamentais para um negócio alcançar metas e resultados desejados. “Comunicar não é só falar, é entender, acolher, ouvir. Comunicação não se trata apenas sobre o que se diz, mas sobretudo sobre o que o outro compreende”, explicou o palestrante.

Para alcançar uma cultura de diálogo eficiente, é necessário reconstruir modelos mentais que as pessoas carregam, tais como competitividade e retenção de informação. Para isso, os líderes precisam ser tolerantes ao erro e os colaboradores se sentirem em um ambiente acolhedor, que oferece uma segurança psicológica. “A confiança é fundamental para o processo de segurança psicológica. Precisamos trabalhar na comunicação como escuta e acolhimento. Precisamos entender que a vida pessoal e a vida profissional não se separam, são uma só e o colaborador precisa se sentir à vontade para compartilhar o que está acontecendo na persona pessoal dele”, ressaltou.

Para Vandré, a comunicação é o poder da informação sendo praticado. Se a informação ficar retida, ela não servirá para a empresa. “Por meio de uma boa comunicação organizacional, os colaboradores conseguem compartilhar suas informações”, apontou o palestrante. Como propostas de soluções para uma comunicação clara é necessário que o emissor comece pelo espírito da mensagem, que esteja preparado para a reunião, o que tornará a comunicação simples e concisa e, por fim, que exista um check da mensagem e seu entendimento pelos colaboradores.

“A voz das pessoas precisa estar no centro do negócio”, afirmou a especialista em experiência do colaborador da Natura

Ana Julia Novaes, reforçou a ideia de que as organizações precisam trabalhar com um ser humano integral, ouvir de forma genuína os colaboradores. A prática precisa estar na estratégia e na cultura organizacional do negócio. “Como começamos a inserir isso na organização? Partindo da ideia que a voz das pessoas tem que estar no centro da decisão, precisa estar no dia a dia da liderança. Já existe um desejo por parte das pessoas que querem ser ouvidas, mas se não tem a cultura alinhada, não adianta, tem que ser um movimento conjunto”, destacou.

A desenvolvimentista de lideranças, Andréa Müssnich, complementou que os momentos que importam para os colaboradores estão nas mãos das lideranças, como o dia que recebem uma promoção ou quando precisam compartilhar situações da vida pessoal. “Diferentes situações acontecem dentro da empresa e os líderes precisam mostrar que se importam de verdade com isso. É necessário revisitar processos para ter um efeito que seja realmente focado nas pessoas”, refletiu a painelista.

A cultura organizacional é inegociável, mas os colaboradores precisam sentir esta cultura no dia a dia, os processos precisam estar a favor disso. Esses processos independem do tamanho do negócio, é um novo jeito de pensar e estruturar a organização, seja ela grande ou pequena. “Quando trabalhamos com a voz dos colaboradores no centro eles ficam engajados e felizes com o trabalho, assim consigo ter melhores resultados, oferecer uma melhor experiência para o cliente”, disse Ana Julia.

As organizações devem parar de pensar no curto prazo

“Quem não se adapta às evoluções tecnológicas fica para trás e o ritmo de transformação vem acelerando. É necessário enxergar as pequenas mudanças, assim conseguimos nos preparar para o futuro. Enxergar cenários é muito importante”, enfatizou a pensadora digital Martha Gabriel. Para a palestrante, quem não tem as competências para analisar esse futuro tecnológico, passa a tomar soluções de curto prazo, mas essa é uma prática defasada. “Quem está atento no curto prazo não será bem sucedido no futuro”, ressaltou. É necessário criar uma mentalidade digital, que significa entender como a tecnologia muda o mundo, e enxergar quais serão os problemas e as oportunidades que cada pessoa e organização terá.

Martha analisou que os profissionais muito qualificados ainda têm espaço no mercado, tal qual os menos capacitados. Quem está perdendo o espaço são as profissões que servem como intermediadoras, estas estão sendo substituídas por máquinas ou por ferramentas digitais. Para não perderem o lugar, elas precisam agregar muito valor, ter um conhecimento muito específico, uma habilidade diferenciada. “Mas nem sempre a máquina vem para substituir, muitas vezes ela vem para completar o que falta. O mundo será cada vez mais digitalizado, automatizado, com as pessoas trabalhando com as máquinas. É necessário abraçar a tecnologia e não negá-la”, finalizou.

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