Carreira, liderança e diversidade são temas debatidos na manhã do segundo dia do CONGREGARH 2024

 

Evento, que tem como tema “Dilemas Humanos, Escolhas que Transformam”, segue até sexta-feira (27) no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre

 

Na manhã desta quinta-feira (26), segundo dia do CONGREGARH 2024. teve prosseguimento o ciclo de palestras do evento, que reúne lideranças na área de gestão e pessoas no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. A primeira apresentação do dia foi da psicóloga e consultora na área de Recursos Humanos, Jaqueline Mânica, e do psicólogo, headhunter e sócio da Evermonte Executive Search, Guilherme Neves. Ambos falaram sobre “Carreira e Mercado: Entre Escolhas e Realidade” e desenvolveram suas falas a partir do seguinte questionamento: quando é o melhor momento para uma mudança?

 

Jaqueline salientou a importância do trabalho em nossas vidas, pois exerce papel econômico, social e psicológico. No entanto, ela apresentou pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em que 50% dos profissionais entrevistados demonstram insatisfação com o ambiente de trabalho. “Há a necessidade de novos modelos para a compreensão das relações do indivíduo com sua trajetória profissional. É importante trabalhar o equilíbrio entre racionalidade e afetividade. Nós, profissionais de RH, não podemos ficar na nossa bolha”, enfatiza.  

 

Para Neves, os maiores desafios em relação às expectativas de contratações, na maioria das empresas, são a instabilidade econômica, a transformação digital e a escassez de talentos. “A área de RH precisa assumir mais riscos, ter mais segurança psicológica e maior posicionamento. Aproveitem os movimentos de mudança. Tomem a iniciativa e desenvolvam habilidades mais analíticas voltadas para a Inteligência Artificial”, recomendou. Ao final do painel veio a resposta para a pergunta inicial. Quando é o melhor momento para uma mudança? “Quando o ‘time está ganhando’, pois é nesse momento que se atinge o equilíbrio entre racionalidade e afetividade”, concluiu.

 

Na sequência, o designer e sócio da Edu VLLD, Eduardo Valladares, falou sobre “Aprendizagem Intencional e Desenvolvimento de Habilidades: Construindo Novos Futuros”. Valladares ressalta que “as habilidades são as novas profissões e as contratações serão feitas, justamente, pelas habilidades e não mais pela experiência”. O designer acredita que a aprendizagem intencional é quando a pessoa se organiza para aquilo. “Aprender requer tempo, esforço e experimentação. A crise de aprendizagem é diretamente proporcional à crise de criatividade. Ser criativo é desenvolver a habilidade de fazer perguntas. Impulsione a aprendizagem com tempo, pausas para novos futuros e lacunas para imaginar novos cenários”, ensina.

 

A psicóloga e sócia da Teya, Alessandra Moreira, abordou o tema “Autenticidade, Diversidade e um Ambiente de Aprendizagem Contínua Podem Impulsionar a Transformação Coletiva?”. Alessandra apresentou os principais desafios contemporâneos enfrentados pelo RH das empresas: eficácia do líder e do gestor; cultura organizacional; tecnologia do RH; gestão de mudanças e gestão de carreiras. “Diversidade é diferente de pluralidade. É preciso transformar o discurso em ações. A verdadeira pluralidade só floresce em um ambiente que promove a autenticidade. Os líderes autênticos conseguem fazer mais conexões com suas equipes”, finaliza. 

 

A última palestra da manhã foi proferida pelo head de liderança e sócio-diretor da Crescimentum, Dan Porto, que falou sobre “O Papel da Liderança Mentora no Engajamento e no Desenvolvimento de Talentos”. Porto defende que estabilidade, conexão e contribuição são os três estágios importantes para o desenvolvimento de uma liderança mentora. “Precisamos ter menos o “ou” e mais o “e”. Não é gestor ou líder e, sim, gestor e líder. A mentoria é, acima de tudo, uma relação de confiança. Mente, coração e ação precisam estar alinhados para o sucesso de uma liderança mentora”, destaca.

 

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