Brasil é um dos líderes mundiais em fuga de talentos digitais

 

No momento em que as empresas se encontram muito carentes de pessoas com habilidades digitais especializadas, esses profissionais especializados estão mais dispostos do que aqueles sem conhecimento digital a se mudarem para outro país para ganhar experiência de trabalho ou melhorar suas carreiras. Em 2018, o Boston Consulting Group (BCG) e a The Network realizaram um estudo chamado Decoding Global Talent 2018 que, em 180 países, aponta que 70% dos profissionais brasileiros que atuam no segmento estão entre os que mais desejam construir uma carreira no exterior.

De acordo com o estudo, uma das razões que priorizam a escolha dos países, além da proximidade geográfica, linguística e cultural, é a possibilidade de maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e as possibilidades de aprendizado, treinamento e de crescimento na carreira. Além disso, o relatório apresentou o déficit em Inteligência Artificial como um dos fatores de evasão. Foram identificadas 3.666 pessoas como especialistas em Inteligência Artificial (IA), ou seja, com conhecimento especializado e capacidade de ensinar o que sabem. Esse número coloca o talento da IA em cerca de 14% dos especialistas digitais.

A pesquisa mostra que é preciso desenvolver ações para atrair ou reter talentos digitais deve ser motivo de atenção das corporações. As empresas precisam entender os impactos que as tendências digitais – inteligência artificial, robótica e automação – trarão sobre a força de trabalho. Em seguida, qualificar suas equipes nessas especialidades, viabilizando o recrutamento de especialistas digitais para preencher possíveis lacunas.

Para a realização do estudo, foram entrevistadas 27 mil pessoas com os seguintes perfis: conhecimento especializado (expert-level) em programação e desenvolvimento web, desenvolvimento de aplicativos, inteligência artificial, robótica, entre outras habilidades digitais. Os dados foram recortados do relatório Decoding Global Talent 2018, que, na ocasião, entrevistou 366 mil pessoas de 197 países para identificar as principais tendências entre os profissionais de diversos setores em âmbito global.

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