O RH do futuro

De acordo com a revista americana Fast Company, as empresas começaram a enfatizar mais a aquisição e a retenção de grandes talentos, e isso está levando a função de Recursos Humanos a ser revalorizada. Essa transformação no setor de recursos humanos começou a partir de 2015, quando a geração Y - nascidos de 1980 para cá - começou a tornar-se maioria nos postos de trabalho.

Um grupo de executivos e consultores reuniu-se para tentar responder o que deve ser feito para termos uma atuação forte de Recursos Humanos em 2035, capaz de aumentar a competitividade das empresas no Brasil. Houve consenso sobre os principais problemas: a falta de engajamento dos colaboradores e a desconexão entre como o setor lida com profissionais e a rápida evolução da empresa. Com base nisso, desenharam-se os desafios de hoje, as características do futuro, os passos para mudar e as particularidades brasileiras.

Os desafios de hoje
É cada vez maior a diversidade de relacionamentos importantes para as empresas, dentro e fora de suas fronteiras, mas ainda vivemos, no Brasil, modelos hierarquizantes segundo os quais quem está no topo sabe e o time abaixo é inferior. O rápido avanço da tecnologia está impactando fortemente a maneira como vivemos e nos relacionamos com os outros, promovendo a desintermediação. Isso já transformou as relações sociais e comerciais, que estão passando a ser diretas, práticas, rápidas, mas as empresas não o acompanham. O aumento da expectativa de vida começa a exigir das empresas a busca de alternativas para garantir qualidade de vida aos que terão mais tempo para desfrutar a chamada “melhor idade”, porém muitas organizações ainda não se atentaram da tendência.

As características do futuro
As empresas, por meio da função de Recursos Humanos, estimularão os talentos ao crescimento pessoal e a serem donos de seu destino. O debate projetou como as empresas precisarão ser daqui a 20 anos e listou algumas características-chave:

 • Adaptar-se melhor às mudanças, o que, por sua vez, dependerá muito de estarem a serviço da vida e de terem clareza de seus propósitos – elas também serão as que atenderem aos anseios de todos os stakeholders, e não apenas aos dos acionistas.
 • Estimular o crescimento pessoal dos colaboradores e a serem donos do próprio destino, a fim de conectar suas causas com as causas corporativas.
 • Uma gestão mais horizontal e sem hierarquias preestabelecidas. Nelas, os líderes emergirão naturalmente em cada situação, sendo identificados pela própria rede dentro de um ambiente e de um desenho organizacional acolhedores e seguros.
 • Os profissionais de RH não desaparecerão, mas passarão a desempenhar novas funções, transformando-se em arquitetos de ecossistemas voltados a despertar talentos com o objetivo de inovar o negócio.

Os novos profissionais de RH serão promotores de sistemas de trabalho distribuídos e colaborativos. O papel das empresas inovadoras é que os talentos sejam engajados por um propósito claro, deixando de ser adestrados e amedrontados.

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