Excesso de sinceridade pode ser fatal

Acertar a dose exata de sinceridade que deve ser usada nas relações profissionais é algo complicado. Se a mentira é eticamente condenável, o excesso de franqueza também pode ser prejudicial à carreira. Segundo o escritor irlandês Oscar Wilde: “pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal”. Em pesquisa com 200 profissionais brasileiros, feita pela Michael Page - empresa de recrutamento de São Paulo -, 40% acreditam que se forem verdadeiros no trabalho podem sofrer com as consequências. Qual a medida certa de sinceridade? A resposta está num meio termo composto por sensibilidade, prudência e experiência.

Profissionais mais jovens têm a tendência de agir e falar sem papas na língua, sem dar tanta importância para o efeito das próprias palavras. A consequência para o sincero sem causa, antes da demissão, pode ser o rótulo de chato, sem noção ou excessivamente crítico, podendo prejudicar a carreira. Falar muito de si também favorece a criação de rótulos e dá abertura para comentários negativos, que podem prejudicar o crescimento. Por outro lado, ter consciência de qual dose de sinceridade cada situação exige pode ser bastante benéfico. 

A sinceridade saudável depende de três vetores: o que, quando e como. É possível dizer tudo o que pensa se esse tudo estiver relacionado ao seu trabalho ou ao da equipe, como algum processo que você considera equivocado. Fofocas e intrigas só prejudicam. Evite ironias, subjetividades, tons agressivos e atenha-se a fatos. Deixe reclamações, intrigas e fofocas para os amigos. Fazendo isso, sua interlocução com pares e subordinados vai melhorar.
 

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