De que maneira os recrutadores analisam o comportamento?

 

Atualmente, o trabalho desenvolvido pelos recrutadores vai muito além da seleção de currículos e habilidades. As pessoas estão sendo contratadas pelas características técnicas e demitidas pela falta de preparo emocional para enfrentar as dificuldades da rotina profissional. Com isso, cobra-se muito dos recrutadores para que tenham uma maior assertividade durante o processo de seleção.

O currículo técnico, as experiências e as capacitações dos candidatos tornaram-se apenas o primeiro divisor para centenas de bons candidatos. “As capacidades técnicas são fundamentais neste processo, porém, o candidato com PhD será avaliado pela produção de valor para a empresa”, afirma a vice-presidente de Expansão da ABRH-RS, Simone Kramer.

Após isto, a consultoria ou o RH da empresa convida o candidato para uma entrevista pessoal, a fim de conhecer suas competências. Diante disso, entra a parte do futuro líder ter o contato direto com o concorrente. Oportunidade na qual são alinhados o perfil do profissional com o do espaço que está sendo visado, da pessoa com a empresa.

A forma como este líder irá avaliar o candidato é simples e possui um objetivo: identificar a forma como aquele profissional reagirá mediante situações específicas. E para isto, geralmente, são analisados quesitos como determinação, energia, afetividade, controle e emocionalidade. Este último contém um mix de todos os anteriores para avaliar o indivíduo em uma situação de estresse ou conflito. “As pessoas são analisadas por meio das definições e concretizações nos diferentes âmbitos de suas vidas. Gerando ao recrutador uma linha consolidada do perfil”, revela Simone.

 

A especialista em RH ainda aborda que, muitas vezes, candidatos pretendem e almejam ser algo distante da real personalidade e, com a utilização das redes sociais, todos estão expostos a instrumentos alternativos de análise. “É fundamental manter uma postura, sabendo separar o profissional do pessoal, sem exageros. Perfis nas redes sociais são uma nova forma de contextualizar o recrutamento”, conta a vice-presidente, que ressalta também pontos importantes aos candidatos, tais como: pensar muito bem sobre o seu desejo antes de concorrer a algo; demonstrar interesse caso realmente deseje este ideal; ser autêntico e transparecer a real personalidade; e ter autoconhecimento.

Não existe uma resposta certa ou errada para este tipo de formulário – questionamento comum entre os envolvidos em processos de seleção. Quando se lida com personalidade, não há motivo para preocupar-se com o certo ou o errado. O que é importante entender são os diferentes tipos de perfis. Alguns mais e outros menos alinhados com os propósitos que a empresa busca. Por fim, lembre-se sempre: se você não se encaixar no perfil procurado pela organização, talvez você devesse buscar outro lugar que te dê a oportunidade de crescer e te faça mais feliz. Não desista.

Patrocinadores de Gestão

Apoiadores institucionais